Quem defende a precarização do ensino deve assumir as consequências de uma vida superficial e arriscada

Do mesmo jeito que os caramujos e lesmas brotam do chão quando chove muito, a galera que defende posições estranhas aparece quando o cenário fica um pouco mais favorável.
Tem sido assim com as concepções de que a terra é plana, vacina é ruim, cinema é coisa de comunista, literatura e poesia não acrescentam nada a ninguém e por aí vai.
E uma das bandeiras que tenho ouvido é de que estudar é ruim e fazer faculdade é perda de tempo.
Conseguir emprego não é fácil mesmo
Bem, você pode deixar de fazer faculdade porque não tem dinheiro, na cidade não há o curso que deseja, não gosta das opções de universidades e até porque simplesmente não quer fazer. Mas daí dizer que é não adianta é coisa de gente fraca, que já tenta antecipar a desculpa da própria mediocridade.
Não rola este papo de que não vou estudar porque o mercado não é bom, não há vaga. Isto eu escuto desde que me entendo por gente. Mercado é mercado, vagas sempre serão difíceis e a vida, mano, a vida sempre terá que ser disputada à tapa mesmo.
A diferença é que se você realmente tem uma profissão, a briga estará mais a seu favor.
É difícil mesmo
Quando se entra em um curso superior, busca-se uma profissão. Pelo menos esta deveria ser a preocupação. Digo isto porque não raro é possível esbarrar em situações de fuga (família, amigos etc) ou de cumprimento das normas sociais.
No mês de fevereiro, milhares de futuros profissionais começam a vida universitária. Outros tantos voltarão depois de um tempo de recolhimento e outros tentarão a vida de outra forma.
Cada um do seu jeito, mas assumindo as broncas da vida. Não quer estudar, encare. Quer estudar, encare também. Mar calmo nunca fez bom marinheiro.
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